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A resposta: mais do que você imagina!

No mês passado o Dia das Mulheres aconteceu, mas muito além das comemorações, flores e chocolates, é importante que as pessoas se conscientizem que a figura feminina é igualmente importante  todos os dias do ano, e que o empoderamento para essa batalha toque a todas nós.

Além disso, no contexto de pandemia em que vivemos hoje, os profissionais de saúde se mobilizaram para conhecer e combater o vírus, enquanto que o RH precisou tomar decisões complexas para executar a quarentena.

São muitas histórias difíceis, mas também há várias inspiradoras. Uma pena que nem sempre essa inspiração passa no noticiário ou no WhatsApp da família.

Que tal conhecer um pouco mais dessas protagonistas?

Mulheres inspiradoras na luta contra o coronavírus

No aspecto da ciência, muitos pensam em homens. Por exemplo, considerando todos os vencedores do prêmio Nobel, são 866 homens contra apenas 53 mulheres, ainda que histórias como as do filme “Estrelas além do tempo” existam por aí.

Mas nessa pandemia, quem conseguiu sequenciar o genoma do vírus foram duas brasileiras.

E não apenas isso: fizeram em tempo recorde, apenas 48 horas! É uma representatividade que me emociona.

Estas mulheres são Jaqueline de Jesus e Ester Sabino, ambas formadas respectivamente em biomedicina e medicina.

Mas por que esse sequenciamento do genoma é tão importante?

É o primeiro passo para a formulação das vacinas e, também, mapeamento de medicações eficazes, mesmo diante de possíveis mutações do vírus. Além disso, é possível entender qual rota o vírus teve até chegar no Brasil. 

E como essa história pode me ajudar no RH?

Não é atoa que o The Economist afirmou que, hoje,  a/o líder de RH possui a mesma importância que a/o  líder de finanças tinha durante a crise de 2008. 

Estamos no centro das atenções. 

Por um lado ganhar essa importância é bom, mas por outro pode trazer muita ansiedade, principalmente para nós, mulheres. Afinal, sabemos que muitas de nós sentem que precisam se provar mais que homens para enfrentar maiores desafios.

Por vezes, também lidamos com a Síndrome do Impostor, onde acreditamos que nossas conquistas profissionais acontecem por sorte, por sermos simpáticas ou qualquer outra coisa que não nosso esforço.

É por isso que, em momentos assim, histórias como a da Jaqueline e da Ester são tão importantes. Pois elas nos inspiram, e nos lembram que nosso lugar é de protagonizar histórias por mérito. Somos, sim, capazes de enfrentar esse momento tão incerto em nossas vidas.

Mulheres que estão mudando o RH no Brasil

O RH tem experimentado grandes nomes femininos e se você quer conhecer alguns para se inspirar, não deixe de conferir a seguir!

Cammila Yochabell 

A Cammila Yochabell começou sua carreira sendo graduada em petróleo e gás, mas seu incômodo em como os processos seletivos funcionam hoje a levou a fundar a Jobecam, uma plataforma onde candidatos podem participar de processos seletivos por vídeo invés de currículo.

Além disso, a tecnologia oculta a identidade dos aspirantes pelas vagas para reduzir os vieses inconscientes na hora da seleção. 

Dessa forma, gera mais oportunidades para os candidatos que são a minoria da sociedade, mas que possuem a mesma capacidade de atuar no cargo pretendido. Genial!

Mariana Ramos Dias

A Mariana Ramos Dias é a CEO e cofundadora de uma plataforma de emprego que muitas pessoas já ouviram falar, a Gupy.

Foram pioneiros no Brasil na utilização de inteligência artificial em recrutamento e seleção, e são autoridade em People Analytics.

Laura Fuks e Sabina Augras

A Laura Fuks e a Sabrina Augras são as cofundadoras da CMOV. Inicialmente, a Laura se formou em Engenharia, mas ambas seguiram pela carreira no RH, onde possuem muita experiência para oferecer.

A empresa nasceu com o intuito de disponibilizar num único local todas as soluções para a construção de uma carreira de sucesso. Desde a definição da meta de carreira até o passo a passo para chegar lá.

Inclusive, alguns de nossos jovens na Eureca já usam a plataforma, e tem falado muito bem sobre! Clique aqui para ver alguns relatos deles.

Como empoderar dentro da sua empresa?

Tentamos, na Eureca e também como Grupo Anga, empoderar mulheres em seus ambientes de trabalho, incentivando-as a se verem confortáveis em qualquer papel, sendo de liderança ou não, e conversando sobre diversidade e inclusão abertamente.

Consideramos a sororidade essencial e, por isso, o Círculo de Encontro do Feminino foi criado. Para contar como foi isso, conversamos com a Thaís Ananias, facilitadora na Eureca e participante do Círculo. 

O que é o Círculo de Encontro do Feminino do Grupo Anga?

“O Círculo é, na verdade, um espaço em que as mulheres do Grupo Anga têm oportunidade de se encontrarem para discutir pautas relevantes ao cenário do feminino dentro do Grupo e do mundo.

Então ele é um espaço de acolhimento, de vulnerabilidade, de pautas que circundam ser mulher dentro do nosso trabalho.”

Por que o Círculo de Encontro do Feminino foi criado?

“Ele foi criado exatamente por essa necessidade, de ter e ser esse espaço, uma vez que estava crescendo muito o Grupo e cada vez mais mulheres estavam entrando. 

As dores, o que tem de bom e o que a gente ainda precisa melhorar em ser mulher dentro do grupo estava começando a ficar cada vez mais evidente.

Então foi uma necessidade que veio principalmente da Luana e da Sté, as idealizadoras, de ter um espaço para falar sobre, e para discutir um pouco sobre as temática que envolvem o feminino.”

Como é a dinâmica do Círculo de Encontro do Feminino, e como ele funciona?

“Ano passado estava voltado mais para terem encontros quinzenais que fossem no espaço de vulnerabilidade ou de uma temática mais voltadas para o feminino, então temas que circundam isso.

Por exemplo, hoje vai ser o dia de falar sobre liderança feminina e um outro dia será voltado para alguns conceitos que estão dentro dessa pauta.

A gente trazia muitas convidadas para falar. Então a gente teve temáticas, por exemplo, sobre liderança chacrete, sobre teto de vidro e chão de vidro, sobre comunicação, por exemplo, e assim por diante.

Então foram algumas pautas voltadas para a capacitação e educação. De trazer conhecimento para as mulheres mesmo! 

Mas nesse ano estamos em uma outra energia, uma energia muito mais de ação. Uma energia de como a gente pode colocar a pauta de diversidade de gênero mais em voga no Grupo.

Então a gente tem discutido, por exemplo, pautas voltadas para remuneração, para liderança feminina, representatividade na nossa governança, onde são tomadas as decisões, e mais.”

Como as mulheres se sentem em fazer parte do Círculo de Encontro do Feminino?

“Trazendo o que as mulheres mesmas falaram, elas se sentem acolhidas, sentem que é um espaço em que são ouvidas, em que podem trazer temáticas e dores que as incômodas, que podem receber apoio e, de certa forma, estar em contato com pessoas que passam pela mesma coisa.

Ao mesmo tempo em que elas sentem que é um círculo que se mobiliza em ação para trazer mais as representatividades das mulheres dentro do Grupo Anga.

Então acho que ele é um espaço bem diverso, sabe? Cada mulher traz a sua necessidade e sente que ela pode ser atendida de alguma forma.

Inclusive, ano passado a gente teve um encontro que foi aberto para os homens também, a intenção foi de educar a respeito dessa temática.”

Quais os benefícios que o Círculo de Encontro do Feminino trouxe para as mulheres?

“É complicado falar por todas as mulheres, mas falando especificamente sobre mim, o benefício que me trouxe foi olhar para essa pauta com mais recorrência. Realmente enxergar essa pauta e entender que ela está sendo trabalhada dentro do Grupo, sabe?

Falar sobre temáticas que envolvem ser mulher dentro do Grupo Anga me abriu muito os olhos, as portas e as oportunidades sobre o que eu quero que seja “ser mulher” dentro do Grupo.

Então eu acho que os benefícios foram, além de trazer conhecimento sobre pautas que a gente conversou, trazer ênfases. 

Foi trazer a oportunidade de falar disso aqui dentro, um pouco mais de segurança para falar sobre essas pautas, mais segurança para me colocar em espaços em que, muitas vezes, pode parecer um pouco “masculino demais”.

A gente tem mulheres que estão cada vez mais querendo se colocar em papéis de liderança dentro do Grupo, mulheres que estão querendo ocupar espaços aqui dentro, mulheres se levantando para ter seu momento de fala e, cada vez mais, educando homens aqui dentro.”

Estamos chegando ao final do artigo, e acredito que o melhor jeito de finalizá-lo é lembrando da seguinte frase:

“Toda vez que uma mulher se defende, sem nem perceber que isso é possível, sem qualquer pretensão, ela defende todas as mulheres.” (Maya Angelou)

Gostou do nosso artigo e acredita que ele pode importar para outras pessoas também? Compartilhe e comente o que você achou! Quer bater um papo sobre diversidade e inclusão com nosso time? Fale com um dos nossos especialistas.

Mari Taketa

Oi, eu sou a Mari! Sou do time de redatores web da Eureca desde março/2020. Meu foco é desenvolver conteúdos de valor sobre Recursos Humanos e o mundo corporativo, sempre buscando mais conhecimento para agregar relevância ao seu negócio!

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