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A sustentabilidade e o lucro estão alinhados dentro do mercado atual. Mas, como os profissionais de RH podem ser protagonistas nas pautas ESG (sociais, ambientais e de governança) das organizações?


Para falar sobre o protagonismo dos profissionais de RH em pautas ESG, trouxemos dois convidados para o nosso Eucast. Carla Fabiana (líder de diversidade e inclusão na Gerdau) e Marcelo Vieira (Head Talent na Will Bank e um dos fundadores da Eureca).  Se preferir ouvir nosso conteúdo através de Eucast, clique aqui:


Como as pautas ESG impactam as organizações?

Se engana quem pensa que é obrigatório escolher entre sustentabilidade e lucro. Empresas que adotam melhores práticas ambientais, sociais e de governança tendem a ser mais lucrativas e aumentam seu valor de mercado ao longo do tempo. 

Esse é apenas um dos motivos pelos quais termos como ESG têm se tornado cada vez mais populares. Puxando para o lado do “S” do ESG, acreditamos que o setor de recursos humanos nunca foi tão estratégico para as empresas quanto nesse momento. Existe uma oportunidade de trazer novas contribuições para as pautas de profissionais de RH.


Todas as questões mais humanizadas têm ganhado maior relevância nas empresas. Isso porque, especialmente neste período pós-pandemia, as pessoas têm buscado se conectar com marcas que gerem algum valor para o mundo.  

Por que é importante trabalhar na cultura de marca e qual a responsabilidade do RH?

Embora as ações ESG tenham vindo com força, muitas empresas não entendem por onde começar a trabalhar suas pautas, e apenas adotam ações sustentáveis aleatórias, mas que não fazem uma verdadeira conexão com o que é a empresa. 

A cultura empresarial, portanto, quando se propõe a adotar essas causas, precisa valorizar verdadeiramente essas pautas sustentáveis e humanitárias e estar alinhada a elas em toda a sua cadeia produtiva. Não basta apenas pensar em causas de diversidade ou ações isoladas e tentar incluí-las na agenda da organização, porque isso não dá retorno ao fim do dia. É preciso repensar a estrutura e a cultura da marca como um todo. 

Nesse ponto, entendemos que a área de recursos humanos tem a grande responsabilidade de movimentar a organização, para que a cultura seja estruturada dentro do dia a dia da organização. Assim, é preciso que o time de pessoas esteja muito alinhado e conectado ao negócio. 

Como pensar na cultura da empresa para as pautas ESG?

É importante perceber que trabalhar a cultura de uma organização é o que vai dar sustentação para a estratégia da mesma. Separamos três pontos importantes que podem auxiliar para análise e construção da cultura da sua organização. 

#1 ter clareza sobre qual é a estratégia do negócio


Em primeiro passo, é preciso ter clareza sobre qual é a estratégia do negócio, tanto no momento atual, quanto no futuro.  

  • Onde a organização quer estar?
  • Qual mercado a empresa quer se inserir?
  • Quais os grandes desafios desse negócio? 

#2 avaliar a cultura da organização

Ao analisar a cultura atual da organização, é preciso entender quais são as fortalezas que sustentam essa estratégia e quais os pontos que desviam a organização do caminho que ela quer estar. 

#3 a cultura humanizada precisa fazer sentido

É preciso que a organização tenha uma cultura humanizada que seja aplicada no dia a dia. E, entendendo a estratégia, o propósito e os princípios da organização, as causas ESG podem ser inseridas e conectadas ao ambiente cultural da organização. 

Se um dos princípios de uma organização é o respeito a todas as pessoas, e esse é um valor percebido dentro da empresa pelos colaboradores, faz sentido que a marca promova ações de diversidade e inclusão. Ou seja, não basta apenas ter um discurso inclusivo, as pautas de inclusão precisam ser adotadas, entendidas e inseridas na cultura da organização, sempre de dentro pra fora. 

Como os profissionais de RH podem incluir as pautas ESG na cultura da empresa?

Para reestruturar a cultura de uma organização e inserir as práticas ESG dentro da agenda corporativa, é preciso que os profissionais de RH se atentem a alguns pontos importantes.

#1 entender as falhas da meritocracia e buscar maior equidade nos processos

O ponto de vista da meritocracia estabelece uma ligação direta entre mérito e poder. Ou seja, o critério de valorização das pessoas é pensado apenas em desempenho e aptidões individuais. 

No entanto, a meritocracia desconsidera totalmente o ponto de partida de cada um. Quando nos deparamos a um país com alta desigualdade estrutural e educacional, com dados claros do IBGE, percebemos que não há como utilizar a mesma métrica para todas as pessoas. 

Empresas que desejam se tornar mais inclusivas, portanto, precisam adotar ações educativas que promovam um maior nível de equidade, desde os programas seletivos até a agenda de desenvolvimento.

Nesse aspecto, é preciso entender as diversas realidades para aplicar medidas justas que considerem as diferenças socioeconômicas dos novos talentos.  

#2 acompanhar de perto os indicadores de diversidade 

Quando falamos de programas de seleção, é importante perceber quais os indicativos de diversidade das vagas que vão ser ocupadas. As vagas estão sendo atrativas para todos os perfis de profissionais?  Há profissionais diversos nos processos seletivos? Como está a imagem da marca empregadora em relação à conexão com todos esses públicos?

A empresa pode também pensar em targets de contratação para garantir a representatividade nos programas de contratação. Para facilitar os processos, a empresa pode optar por criar um banco de currículos de pessoas diversas para a organização. 

#3 pensar em programas de desenvolvimento 

As organizações devem pensar em programas de desenvolvimento para pessoas diversas, pensando nos caminhos de maior representatividade em papéis de relevância dentro das organizações. Com isso, devem considerar também as diferentes realidades e necessidades de cada colaborador, levando em consideração 

Conclusão

O crescimento e a profissionalização da área de diversidade tem avançado cada vez mais. Pautas de ESG são cada vez mais reconhecidas dentro de grandes e pequenas organizações, com papéis específicos para a diversidade e agendas importantes e estratégicas de profissionais de RH. 

Além de trazer mais lucratividade às organizações, empresas que aderem às pautas ESG estão alinhadas com as tendências de futuro e geram valor para a sociedade, transformando o meio que atuam. 

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Carolina Abreu

Redatora e ilustradora, graduada em Comunicação, faço parte do time de conteúdo da Eureca. Minha missão por aqui é escrever artigos que apontem soluções criativas e inclusivas para o ambiente corporativo, visando a construção de um futuro com maior nível de equidade e sustentabilidade.

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