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Valuable Young Leaders: o jeito Eureca de desenvolver líderes

Por 14 de setembro de 2020março 30th, 2021Para negócios, Treinamento e desenvolvimento6 min de leitura

“Liderar é criar resultados através das pessoas.”

Acredito que essa frase resume muito bem o que a liderança representa: uma criação indireta de resultados. Costumo usar a expressão “criar resultados” pelo simples fato de que eles não vão simplesmente aparecer.

Tudo que você vê como resultado foi absolutamente criado a partir das ações realizadas por uma ou mais pessoas. É uma questão de causa e consequência, mas muitas vezes, ao nos depararmos com evidências que não nos agradam, podemos incorrer no erro de acharmos que não participamos do processo que levou a tal resultado. Não poderíamos estar mais enganados.

Em diversas situações os resultados são criados individualmente e, nesses casos, há apenas uma pessoa para responsabilizar. Ao colocarmos duas ou mais pessoas para trabalharem juntas, já temos uma equipe, de forma que os resultados da equipe são a soma dos individuais. Você pode refletir sobre esse tipo de situação e verificar que, automaticamente, nasce a necessidade de uma figura de liderança, responsável por garantir o atingimento das metas.

O que proponho com essa reflexão é que possamos entender que em toda e qualquer situação de liderança quem cria os resultados não é quem lidera, mas as pessoas que estão executando as ações que resultarão nos objetivos pretendidos. Dessa forma, o papel principal da liderança deve ser garantir que tais pessoas possam fazer isso da forma mais leve e precisa possível, não é mesmo?

Desenvolvendo Valuable Young Leaders

A grande questão é que se desenvolver enquanto líder passa por alguns passos importantes. Nos programas de desenvolvimento de liderança da Eureca trabalhamos com um arquétipo chamado Valuable Young Leader que aborda quatro etapas: liderança de si, com outros, da organização e na sociedade.

pipeline de liderança valuable young leaders

Liderança de si

A liderança de si, ou também chamada de autoliderança, começa quando você entende o que precisa fazer (ou deixar de fazer) para que determinado resultado apareça com as ações que você performa diretamente. Diversos fatores, tais como competências, aptidões, inteligência emocional, entre outros, influenciam esse processo, e cabe a cada um de nós entender como identificar e endereçar tais fatores para garantir o sucesso desejado.

Um líder que não entende como isso é importante acaba tendo dificuldades para perceber os detalhes que fazem os membros da sua equipe terem sucesso também, ou seja, demonstra dificuldades para apoiar a própria equipe nessa jornada.

As pessoas que hoje lideram outras vivenciaram uma passagem, conscientemente ou não, na qual deixaram de liderar apenas a si para então liderar equipes. No livro Pipeline de liderança, Ram Charam descreve as seis grandes passagens na evolução de um líder, mas sem sombra de dúvidas a primeira delas é a mais impactante.

Quando uma pessoa deixa de criar diretamente seus próprios resultados e passa a precisar que outros em sua equipe também o façam, fica nítida a necessidade de desenvolver novas competências, afinal, realizar e ajudar outras pessoas a realizar são coisas completamente diferentes.

Liderança com outros

O líder precisa entender que ao fazer essa passagem seu foco de atuação muda. Isso faz com que suas ações mudem, assim como suas necessidades de desenvolvimento. Se antes era importante ter muito conhecimento sobre algo, agora é mais importante que você saiba como garantir que as pessoas que têm tal conhecimento passem a utilizá-lo em prol do que vocês precisam realizar enquanto equipe.

Sendo assim, a Liderança com Outros envolve habilidades profundas de comunicação e conexão, permitindo que quem lidera crie relações de confiança e se adapte facilmente ao estilo de cada pessoa liderada, extraindo o melhor que cada uma tem para oferecer.

Veja que essas habilidades representam o que chamamos de competências comportamentais. Não estou dizendo que as competências técnicas não são relevantes, mas nessa fase são os comportamentos da liderança que garantem o sucesso ou o insucesso da respectiva equipe. Repare que é uma relação de interdependência, na qual quem lidera sempre tem a responsabilidade de guiar o processo.

Diversas ferramentas podem e devem ser agregadas nessa jornada. Em nossos programas voltados para líderes sempre procuramos trazer boas práticas relacionadas a como desenvolver outras pessoas, principalmente jovens talentos, acompanhando o processo de desenvolvimento individual e fornecendo feedbacks que sejam efetivos.

É possível fazer isso com bastante precisão quando se entende que inspiração, acompanhamento e relações de parceria são muito mais efetivas no atingimento dos resultados do que simplesmente informar o que precisa ser realizado e aguardar que isso seja feito.

Liderança da organização

Com essa base bem fortalecida, o líder consegue ampliar sua visão e entender como cada ação impacta outras equipes e metas da empresa. Assim, a liderança da organização começa a acontecer naturalmente, mas precisa ser lapidada para contemplar os reais interesses e objetivos de um universo maior que o anterior.

Nessa fase é muito comum que um líder faça uma nova passagem pelo pipeline de liderança, comece a liderar outros líderes e, assim, precise transmitir seus conhecimentos e boas práticas de liderança, formando outras pessoas para serem bem sucedidas nessa caminhada.

Liderança na Sociedade

Por último, mas não menos importante, a Liderança na Sociedade acontece quase como consequência de todas as outras, afinal, sempre existe um impacto do que realizamos no ecossistema ao qual pertencemos. O ponto central ao desenvolver essa etapa é perceber que podemos ser protagonistas nesse processo e trabalhar o impacto que realmente queremos gerar, pois se não o fizermos teremos, muitas vezes, um impacto indesejado.

É relevante contemplar clientes, parceiros, ambiente e tudo o mais que nos cerca para elaborar estratégias consistentes e que sejam boas para todo mundo. Liderar na sociedade é explodir a bolha da individualidade organizacional e realmente assumir o papel de somar na construção de resultados coletivos.

O que EU posso fazer para me tornar um líder?

Penso que está bem evidente que o potencial de liderança existe em todos nós, porém é necessário despertarmos esse potencial e transformá-lo em potência, garantindo uma atuação de impacto positivo em diferentes fases da nossa vida.

Quanto antes a formação da liderança começar a acontecer, melhor. Por isso, nós sempre incentivamos iniciar o desenvolvimento das competências do arquétipo Valuable Young Leader desde o início das carreiras.

Em nossos programas para estagiários, abordamos fortemente a liderança de si, somando alguns conceitos de liderança com outros. Já nos programas de trainees, aprofundamos ainda mais na segunda etapa e somamos conceitos de liderança da organização e na sociedade. Para quem já atua liderando equipes, aprofundamos em todos as etapas, sendo que o principal objetivo sempre é demonstrar que as competências de liderança devem fazer parte do dia a dia e ser utilizadas em todas as situações possíveis.

Em mais de oito anos atuando com o desenvolvimento de lideranças, sempre procurei inspirar as pessoas a constantemente se trabalharem enquanto líderes e é isso que eu espero ter provocado em você: a inspiração para se desenvolver ainda mais. E, ao fazer isso, recomendo que se lembre da frase com a qual iniciei este texto e se pergunte:

“O que EU preciso fazer para garantir a criação de mais e melhores resultados através das pessoas que eu lidero?”.

Caso tenha alguma dúvida, ou curiosidade sobre como funciona nossos programas de seleção e de desenvolvimento de líderes, é só falar com um dos nossos especialistas. Será um prazer usar todo nosso know how para ajudar!

Rodrigo Fagundes

Consultor, palestrante e autor do livro “MASTER360°: Criando Resultados Conscientemente”, Rodrigo é o atual Coordenador da Eureca Academy. Desde 2013 atua com palestras, treinamentos e mentorias, apoiando pessoas e equipes em suas próprias jornadas de desenvolvimento. Já são mais de 13.000 pessoas atingidas diretamente, e 5.000 horas em palestras e projetos.

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