Pular para o conteúdo principal

Não é novidade que políticas de diversidade vêm se tornando prioritárias para empresas do futuro. No entanto, é preciso entender quais são seus pilares e como podem ser desenvolvidos.


As empresas do futuro sabem que precisam trabalhar mais a diversidade dentro de suas gestões e que os pilares de uma boa política interna de diversidade são baseados em integração, inclusão e pertencimento. Mas, afinal, qual a diferença entre eles? Vamos começar nosso artigo trazendo uma definição um pouco mais lúdica sobre esses três conceitos: 

Enquanto a integração é chamar para dançar, e a inclusão é dançar junto, o pertencimento é dançar junto sem se preocupar com os olhares alheios. 

É claro que uma ação é consequência da outra e que esses três pilares devem ser desenvolvidos em conjunto. No entanto, muitas empresas desenvolvem suas ações de diversidade baseadas somente na integração, sem averiguar se as pessoas diversas da empresa se sentem incluídas e pertencentes à sua cultura. 

Por isso, preste atenção: não basta fazer programas de seleções que tragam pessoas diversas para trabalhar dentro da sua organização, é preciso que a empresa se preocupe em estabelecer um caminho seguro dentro da companhia para todas as pessoas, considerando suas características pessoais e sociais. 

Por que trabalhar diversidade nas empresas?

Ter uma empresa diversa é trazer pensamentos diferentes para as soluções das companhias, atingindo a criatividade e podendo desenvolver uma marca que entenda e converse com personas diversas, as quais se preocupam cada vez mais com a responsabilidade social das empresas. 

Já em 2015, a consultoria McKinsey realizou um estudo que previa a probabilidade de performance financeira acima da média nacional para empresas que investissem em diversidade, e constatou:

  • As empresas que investem em diversidade racial e étnica são 35% mais propensas a obter retornos financeiros acima da média nacional de seu setor;
  • As empresas que investem em diversidade de gênero são 15% mais propensas a obter retornos financeiros acima da média nacional de seu setor.

No entanto, sabemos que essas tendências de mercado são ainda maiores após o acontecimento da pandemia e das novas necessidades estruturais do mundo, que, por suas características, foi denominado pelo antropólogo Jamais Cascio como “mundo BANI”. 

O Guia Salarial 2022, realizado pela Robert Half, contou com a participação de 300 executivos C-level do Brasil, e constatou que “diversidade, equidade e inclusão” nas empresas é um assunto chave para os negócios. O relatório afirma que organizações que estão adotando práticas de DEI em suas rotinas são melhores na resolução de problemas, tomadas de decisão e inovação. 

Além disso, suas pesquisas também apontam que as companhias que trabalham a diversidade são mais atrativas no recrutamento dos melhores talentos, quando 83% dos profissionais afirmam que a empresa possuir uma agenda ESG (environmental, social and governance – em tradução livre – melhores práticas ambientais, sociais e corporativas) é um fator importante na hora de aceitar – ou não – uma oferta de trabalho.

Organizações que trabalham as pautas sociais se tornam mais atrativas para bons profissionais e estimulam o desejo deles de fazerem parte do quadro de colaboradores da companhia, trabalhando efetivamente suas estratégias de marca empregadora.

No entanto, é preciso estar atento para que as companhias não adotem discursos que não sejam condizentes com suas práticas internas. Por isso, investir em ações de inclusão e pertencimento, que vão além de integração, é o verdadeiro canal para tornar a sua empresa, de fato, ser mais inclusiva. 

Como promover inclusão e pertencimento?

Acreditamos que o caminho para promover mais inclusão e pertencimento é diário e constante. Por isso, as empresas devem contar com estratégias e ações voltadas à sua realidade cotidiana atual, fazendo uma análise específica do que precisa ser melhorado. Separamos aqui algumas dicas que podem ajudar na criação de estratégias seguras:

#1 – adeque sua comunicação

Em primeiro passo, é preciso alinhar a comunicação interna e externa da sua companhia para que a cultura organizacional seja aprimorada. Portanto, reflita sobre as seguintes questões:

  • A comunicação está alinhada com a proposta de diversidade?
  • As pessoas diversas da equipe se sentem seguras e representadas?
  • Pessoas diversas possuem lugar de fala dentro da empresa?

Caso você não saiba as respostas, ou imagine que elas sejam negativas, este pode ser um sinalizador de um ajuste necessário na forma com que a sua organização estabelece os diálogos internos e externos. 

#2 – invista em lideranças diversas

No quesito crescimento, as empresas devem focar em maior representatividade nos papéis de liderança, criando um caminho seguro para o desenvolvimento de pessoas diversas. Para isso, a companhia pode viabilizar programas de educação e investir na potencialização de talentos. 

Perceba que quando há representatividade, pessoas colaboradoras pertencentes a grupos diversos se sentem seguros dentro da organização, e têm suas necessidades devidamente entendidas e ouvidas.

#3 – promova um ambiente seguro

É preciso promover segurança dentro do ambiente corporativo, onde práticas de preconceito sejam simplesmente inaceitáveis por parte da organização, e devidamente punidas. O ideal é que a empresa invista constantemente em processos educativos sobre pautas diversas para todas as pessoas da equipe. 

A educação implementada sobre diversidade e equidade é o caminho primordial para que situações problemáticas não aconteçam, bem como para garantir um ambiente seguro de fala, escuta e respeito dentro da organização. 

O pertencimento é benéfico a todos

Quando uma empresa consegue promover o pertencimento das pessoas diversas, ela gera valor para a sociedade. Dessa forma, atua diretamente em causas que estão sendo cada vez mais discutidas no ambiente corporativo e, especialmente, pela nova geração de consumidores. É por esse motivo que tantas pesquisas atuais demonstram um aumento significativo de lucro por parte das companhias que investem em diversidade (de verdade).

Mas o ideal é que as lideranças entendam que as pautas sociais vão muito além dos lucros. Empresas que engajam a sociedade se tornam verdadeiras agentes transformadoras, e trabalham constantemente para um mundo que faça mais sentido a todos. 

Quer receber mais dicas de como desenvolver sua companhia? Assine a nossa newsletter, e fique por dentro dos nossos melhores conteúdos mensais e dicas de livros para RH!

Carolina Abreu

Redatora e ilustradora, graduada em Comunicação, faço parte do time de conteúdo da Eureca. Minha missão por aqui é escrever artigos que apontem soluções criativas e inclusivas para o ambiente corporativo, visando a construção de um futuro com maior nível de equidade e sustentabilidade.

Deixe uma Resposta