Você sabia que a matriz de riscos em processos de RH é um grande facilitador no momento de avaliar quais são os riscos que as operações da sua empresa possuem, independente de já terem sido colocadas em prática ou não?
Acreditamos que ter esse controle é fundamental para simplificar a tomada de decisões, visto que é possível observar quais são as opções de menos impacto negativo ao seu negócio e quais são as maneiras de contornar uma decisão que está trazendo riscos para a sua empresa.
Temos ciência que o departamento de RH ainda possui receios no momento de aplicar essa ferramenta na sua companhia, afinal, não é um tema amplamente abordado pelos profissionais da área.
Pensando nisso, trouxemos esta pauta para vocês!
Aqui você aprenderá o que é a matriz de riscos, como você deve aplicar nos seus processos de RH e como você conseguirá manter o protagonismo nas futuras decisões do negócio, incluindo as reuniões de conselho e a luta contra a COVID-19.
O que é a matriz de riscos?
Nós sabemos que erros podem ocorrer em qualquer negócio, mas imagine se houvesse a possibilidade de prever os impactos e consequências provenientes de alguns processos. Seria ótimo, não é?
A matriz de riscos é uma ferramenta de gerenciamento para visualizar os níveis de ameaças que podem surgir em operações da sua empresa, auxiliando os profissionais de RH e gestores de outras áreas a reconhecerem os riscos existentes em cada processo.
Com isso, a sua empresa tem oportunidade de visualizar quais são os processos que mais apresentam ameaçadas para o seu negócio, organizando-os em ordem de prioridade de resolução e traçando estratégias eficazes para evitar os riscos ou driblá-los.
3 maiores riscos do RH para você se atentar
Vamos apresentar aqui as maiores ameaças quando se trata de processos do RH, ameaças essas que podem ser identificadas na matriz de riscos.
Ameaça #1: cultura organizacional mal implementada
A cultura organizacional é um importante fator para os colaboradores estarem alinhados com as necessidades da empresa, atendendo a demanda do negócio.
Quando não há uma cultura bem estabelecida e implementada na companhia, inúmeros riscos podem surgir, como conflitos entre os membros da equipe, baixa produtividade e satisfação no trabalho, alta rotatividade de profissionais e muito mais.
Ameaça #2: planejamento inadequado de recrutamento e seleção
Conhecemos a importância do recrutamento e seleção e é por isso que essa ação do RH entra como um dos maiores riscos para o departamento.
Quando esse processo é planejado de forma inadequada, o resultado pode ser o excesso de colaboradores ou a falta deles, além de correr o risco de contratar profissionais inapropriados para ocupar a vaga disponível na sua empresa.
Ameaça #3: pouca importância ao treinamento e desenvolvimento
Sua empresa tem uma cultura organizacional bem difundida entre os colaboradores e profissionais adequados para os cargos? Então vocês também devem saber como focar em treinamento e desenvolvimento.
Quando a sua companhia investe na capacitação dos colaboradores é uma forma de motivá-los e incentivá-los a serem mais produtivos, aplicando as competências aperfeiçoadas no treinamento no dia a dia.
Mas o que acontece quando os profissionais não se sentem valorizados? A rotatividade aumenta, a produtividade é comprometida e os resultados da sua empresa entram em queda.
O bom da matriz de riscos é que, com ela, é possível prever as consequências e priorizar a melhoria dos processos que mais apresentam ameaças para o seu negócio.
Talvez você esteja se perguntando como essa ferramenta funciona e como utilizá-la. Já adiantamos que seu uso é simples e prático e, por esse motivo, ela vem sendo adotada em diversas empresas, principalmente nessa época de pandemia.
O que você precisa saber sobre a ferramenta e como utilizá-la?
Sabendo que a matriz de risco trabalha com deduções, é utilizada uma tabela 5×5 que representa os níveis de ameaça, como a seguinte:
Na tabela podemos ver que as linhas correspondem à probabilidade e as colunas correspondem ao impacto, que são os dois fatores fundamentais da tabela. A partir do cruzamento deles é possível visualizar o nível de risco de cada processo.
Esses níveis são interpretados da seguinte forma:
Quadrantes de probabilidade
- Quase certo – 90%;
- Alta – 70%;
- Média – 50%;
- Baixa – 30%;
- Raro – 10%.
Aqui a pergunta que deve ser feita é: qual a probabilidade do risco acontecer?
Quadrantes de impacto
- Gravíssimo – 1 a 10%;
- Grave – 11 a 30%;
- Médio – 31 a 50%;
- Leve – 51% a 70%;
- Sem impacto – 71% a 90%.
A pergunta que deve ser feita aqui é: qual o nível de consequência proveniente do risco se ele acontecer?
Determinando o risco dos processos
Para conhecer os níveis de risco de cada processo, acreditamos ser de extrema importância você se reunir com a sua equipe e discutir sobre as consequências e efeitos colaterais de cada operação.
Conversou com os profissionais da sua empresa?
Agora é possível encaixar cada processo em seu nível correto de probabilidade e impacto por meio da dedução feita em equipe, visualizando quais são as ações que precisam de prioridade e quais podem ser deixadas no final da sua lista.
Se vocês tiverem conhecimento das possíveis repercussões de cada processo, melhor ainda, pois saberão quais as proporções das ameaças, como prejuízo financeiro e perda de consumidores fiéis.
Queremos ressaltar que o método da matriz não precisa ser utilizado exclusivamente para medir as ameaças dos processos da sua empresa. Ele também pode ser aplicado para reconhecer oportunidades e benefícios para o seu negócio.
Por fim, você sabia que, segundo matéria do G1, essa ferramenta vem sendo tão amplamente utilizada pelas empresas que já foi implementada para nortear ações de luta ao coronavírus, como é o caso da cidade mineira Divinópolis?
Como ganhar o protagonismo e priorizar ações de RH contra a COVID-19?
A grande vantagem da matriz de riscos é prevenir prejuízos para a sua empresa ao reconhecer os níveis de ameaças que alguns processos podem gerar.
No entanto, mesmo que traga esse grande benefício, muitos RHs ainda têm receio de colocar a ferramenta em prática, até porque muitos não sabem utilizá-la e a implementação pode não ser bem-vinda pelos profissionais.
Pensando nisso, trouxemos a ideia de desenvolver suas soft skills para ganhar o protagonismo do setor, mostrando a importância de adotar a matriz para os processos de RH e, nesse momento, priorizar ações contra a COVID-19.
As soft skills sempre são vistas em um profissional de alto nível, principalmente um que integra o RH, abrangendo competências como liderança, empatia, comunicação interpessoal e mais.
As habilidades descritas acima são essenciais para você ganhar a atenção dos colegas de equipe e liderar o time para fazer o levantamento de impacto e probabilidade dos processos.
Tendo apresentado a ferramenta para os outros colaboradores, Luana Gabriela, coordenadora de Desenvolvimento Humano e Organizacional no Grupo Anga, contará mais sobre as ações que foram priorizadas no DHO da empresa na intenção de lutar contra a COVID-19.
“O Grupo Anga, desde sua fundação há quase cinco anos, já tinha o trabalho remoto como seu modelo de experiência de trabalho. Portanto, a pandemia não influenciou no nosso formato de trabalho.
No início da segunda quinzena de março, os casos de coronavírus no Brasil aumentaram vertiginosamente e as projeções indicavam que continuaria a aumentar. Com isso, aumentaria a probabilidade de qualquer um de nossa equipe ser infectada(o) e ter problemas de saúde graves. Havia a necessidade de proteção do time e cuidado máximo com a saúde de todas e todos para que pudéssemos passar por essa situação sem nenhuma gravidade.
Identificamos nossa primeira ação, a criação do Fundo Virtual para Emergência direcionado para todos os membros do Grupo Anga, no valor total de R$100.000,00, durante os próximos três meses (março a junho).
Ainda nessa pauta de segurança, aderimos ao movimento ‘não demita’ por entender que, conscientemente, não escolheríamos demitir, mesmo em meio a crise econômica que vivenciaríamos como organização.
Dado todo o contexto de mundo e do nosso país, nós recebemos, mesmo que indiretamente, a apreensão, medo, insegurança e ansiedade neste momento. Surgiu assim as necessidades de segurança emocional, integração e realização para minimizar os potenciais impactos em nossa saúde mental, emocional e física.
Para atender a essas necessidades, nós criamos uma iniciativa chamada #UmaSóAlma, em que criamos uma agenda mensal com programações sobre temas diversos para integração e pertencimento de todos da equipe.
Assuntos abordados: aulas de yoga, mindful eating, libras, dança do ventre, eneagrama.,momentos de meditação matinal, pausa para um café da tarde virtual, happy hour online no fim de sexta, entre outros.
Além disso, percebemos que estávamos em uma janela de oportunidade única para falar sobre uma nova economia (capitalismo consciente) onde empresas humanizadas têm retornos 136% maiores que empresas comuns, e uma nova experiência de trabalho (trabalho remoto) em que é possível ter uma equipe engajada e produtiva independente da localização das pessoas.
Criamos assim o Festival Alma, uma iniciativa gratuita para o público externo que objetiva proporcionar inspiração, conhecimento, apoio e rede para quem está liderando os desafios da transformação no mundo dos negócios com consciência.
Em resumo, criamos e desenvolvemos iniciativas para atender: (1) necessidades básicas como segurança, saúde física e mental, (2) necessidades de pertencimento e inclusão e (3) necessidade de inspiração e servir à algo maior.
Por fim, percebemos que os impactos foram positivos e o engajamento foi bem grande no início, e depois de um tempo as iniciativas foram se normalizando. Com isso, estamos ressignificando a atuação de cada iniciativa no dia a dia organizacional e aprendendo durante a jornada.
Estamos ouvindo as pessoas da equipe e entendendo qual o nosso papel para estabelecer uma experiência de trabalho saudável, mesmo nesse contexto econômico e social.
Para nós, o Grupo Anga é mais do que uma organização. É um ecossistema de pessoas e recursos que, conectados, permitem realizações impensáveis.
Sendo um ecossistema, não poderia funcionar como organizações tradicionais, que se assemelham a máquinas. Nossa estrutura é orgânica e adaptável para tornar-se cada vez mais capaz de contribuir com nosso propósito.”
Como manter o protagonismo em futuras reuniões de conselho?
Como você já sabe que as soft skills são competências essenciais para ganhar o protagonismo, nos sentimos na obrigação de contar que para manter esse destaque é importante estar sempre aperfeiçoando essas habilidades, principalmente a de liderança.
A postura de líder incentiva, ensina, inspira, motiva, guia as equipes e é o maior exemplo direto de profissional que os seus colaboradores podem ter.
Não apenas os membros do seu time reconhecerão isso, mas também os seus superiores e integrantes do conselho.
Portanto, se você busca manter o protagonismo em futuras reuniões de conselho, você deve dar uma atenção especial a soft skill de liderança, que será a responsável por fazer você assumir a frente de situações e aspirar toda a equipe para novos desafios, incluindo a implementação contínua da matriz de riscos em seus processos de RH!
Por fim, lembre-se que o levantamento de dados é essencial, então sempre tenha em mãos informações confiáveis para as próximas etapas do negócio, conquistando e mantendo, além do protagonismo, o profissionalismo que toda companhia busca em seus colaboradores.
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me ajudou bastante, muito obrigado!
MARAVILHA, QUERIA MAIS INFORMAÇÕES