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Por meio de uma cultura organizacional bem estruturada e implementada, que pauta questões relevantes para a sociedade e jovens talentos, sua empresa é capaz de atrair e reter pessoas na organização.


A cultura organizacional é um conjunto de valores, crenças e normas compartilhadas da empresa que apontam como os colaboradores devem se comportar nas dependências da organização.

Essa cultura é reflexo de uma liderança inclusiva, inspiradora e exemplar, a qual exerce um impacto relevante na rotina dos talentos, cultivando um clima organizacional positivo com base em um bom employee value proposition.

Aliada aos processos seletivos, uma cultura bem estruturada e implementada é capaz de atrair juventudes e retê-las na empresa, agregando importantes vantagens competitivas para a organização.

Por que a cultura organizacional deve ser clara para os candidatos?

A cultura organizacional transmite os valores, crenças e normas que a empresa acredita e espera de seus colaboradores. A clareza nas informações permite que as pessoas que pretendem se candidatar a alguma vaga entendam se faz sentido de acordo com as crenças que possui.

Por outro lado, ao compartilhar a cultura da empresa na vaga, há maiores chances de atrair talentos que respeitam e acreditam na visão da companhia, alinhados às metas e expectativas da organização, o que reduz o turnover.

Como a cultura organizacional pode ajudar a atrair e reter jovens talentos?

Atualmente, a geração millennials, nascida entre 1981 e 1995, supera os baby boomers em questão de força de trabalho, e a geração Z, nascida entre 1996 e 2012, está começando a ingressar no mercado.

A Catalyst publicou um conteúdo interessante a respeito destas duas gerações, mostrando os seguintes dados:

  • 21% da população mundial em idade ativa possuem entre 15 e 24 anos, sendo que apenas 36% estão empregados, representando cerca de 420 milhões de pessoas;
  • Para 2030, a previsão é que a população mundial de 24 anos ou menos seja de apenas 38,8%, ante 41% em 2020;
  • Na União Europeia, a parcela de jovens caiu de 38,1% para 31,8% entre os anos de 1999 e 2019. A expectativa é que a população acima de 80 anos aumente e a população mundial de jovens continue em declínio.

Portanto, conhecendo o quadro global de jovens e o que as pesquisas apontam para os próximos anos, como conquistá-los e retê-los por meio da cultura organizacional? A resposta é simples: a empresa deve compreender o que estes profissionais buscam.

O que os jovens talentos buscam nas empresas?

Uma empresa que reconhece as necessidades e as vantagens competitivas de atrair jovens talentos inclui, em sua cultura, soluções que atendem as expectativas destes profissionais, como:

  • A realização de feedbacks informais provenientes de gestores e líderes de equipe em vez de avaliações estruturadas uma vez ao ano;
  • Uma escuta ativa e a possibilidade de estabelecer diálogo aberto e contínuo com todos os colaboradores da empresa;
  • Uma liderança corporativa positiva e que também atua como coaching para orientar, auxiliar e motivar os talentos;
  • A promoção de trabalho em equipe com troca de experiências e conhecimentos, buscando um consenso para chegar em soluções construtivas e completar atividades;
  • O reconhecimento e a valorização provenientes de gestores e líderes de equipe pela performance e bom desempenho no cargo.

Além disso, as gerações atuais estão bastante ligadas aos princípios environmental, social and corporate governance (ESG), buscando oportunidades de trabalho em organizações que se preocupam com estas questões.

Pontuar esses princípios na divulgação de vagas de emprego é uma boa maneira de atrair os talentos certos, mas não para por aí. Elas também devem ser promovidas e impulsionadas pelos líderes e gestores no dia a dia da companhia, fazendo com que todos os colaboradores se mantenham alinhados aos seus valores, crenças e normas naturalmente.

Após o processo seletivo, a retenção de novos talentos ocorre de maneira gradual quando a rotina da empresa é vivenciada, desde os processos internos até o contato com outros colaboradores, e os talentos veem que tudo é reflexo da cultura da organização, sendo respeitada e vivida por todos e todas.

Por que entender o que as juventudes querem?

A importância de incorporar juventudes nas empresas é simples: eles são os futuros líderes e gestores do mercado e agregam diversas vantagens competitivas para as organizações:

  • Uma nova energia e novas perspectivas de negócio ao ansiar por novas experiências e aprendizados para colocar suas habilidades em prática;
  • O seu desenvolvimento por meio de treinamentos corporativos é mais rápido e eficiente, porque absorvem o conhecimento com mais facilidade e o aplica da maneira que melhor atenda às necessidades da empresa e sua cultura;
  • É possível avançar em questões tecnológicas já que as novas gerações crescem no meio digital e têm capacidade de aprender rapidamente como mexer em diversas ferramentas, softwares e dispositivos móveis;
  • Um estudo divulgado no Science Daily aponta que as juventudes são mais adaptáveis às mudanças, o que representa uma grande vantagem em meio à pandemia ou outras situações inesperadas na empresa e no mercado;
  • A classificação de cidadania corporativa é estimulada na organização ao capacitar os jovens da companhia, porque abre portas para as juventudes, garantindo os Direitos das Crianças e Princípios Empresariais (CRBP).

Apesar de todas estas vantagens, uma pesquisa realizada pela Adecco abordou o fato de que 41% dos jovens estão entrando no mercado de trabalho sem algumas habilidades necessárias. Para combater essa lacuna, muitas empresas estão investindo em contratar jovens e desenvolver suas competências técnicas e comportamentais desde o processo de seleção.

Por que devemos pensar sempre em ESG e diversidade?

Um estudo intitulado “Pesquisa Nacional da Geração Z” constatou que 76% das pessoas dessa geração procuram por oportunidades de emprego em organizações diversificadas e inclusivas. Outros dados relevantes pautam que:

  • 67% dos candidatos à vagas de emprego buscam integrar um time diversificado;
  • Há um fluxo de caixa maior em empresas que praticam a inclusão, cerca de 2.3x maior;
  • Organizações diversificadas e inclusivas têm 70% mais chances de conquistar novos mercados.

Além destes levantamentos, a pesquisa da Catalyst também divulgou informações e porcentagens significativas sobre a diversidade nos Estados Unidos:

  • 38% dos millennials e 48% da geração Z estão se identificando como uma raça ou etnia diferente da branca não hispânica;
  • A expectativa para 2026 é que a geração Z seja composta, majoritariamente, de pessoas não-brancas.

Por meio destas pesquisas é possível enxergar que o cenário global exige uma gestão humanizada capaz de se atentar à diversidade e inclusão nas empresas, atraindo e retendo jovens talentos e abrindo portas para os grupos minoritários da sociedade, consequências de uma cultura organizacional bem estruturada e implementada.

Ainda sobre o que a juventude espera das organizações, o ESG surge para chamar a atenção aos impactos ambientais, sociais e de governança da empresa, estimulando uma visão ampla das melhorias que podem ocorrer no negócio e que têm efeitos positivos a longo prazo:

  • Environment: quais são os impactos que a empresa causa ao meio ambiente e como combater seus malefícios?
  • Social: como a companhia gera um impacto social positivo, tanto nas dependências do negócio quanto na comunidade de forma geral?
  • Governance: como os gestores e os líderes de equipe impulsionam mudanças positivas no ambiente de trabalho?

Através do ESG, as empresas realizam, por exemplo, coleta de carbono gerado nos processos da companhia, promovem a equidade de gênero, orientação sexual e diversidade racial, e realizam o levantamento de discussões importantes, como a diversidade na liderança e o relacionamento de diretores e gerentes com outros stakeholders.

Portanto, é perceptível que a preocupação com o ESG e a diversidade são partes essenciais de uma boa cultura organizacional, principalmente quando a intenção é a atração e retenção de juventudes.

Conclusão

É preciso ter consciência de que a cultura organizacional não surge rapidamente. A liderança corporativa e os gestores devem investir tempo e dedicação para estruturá-la da melhor maneira possível para atender às necessidades da empresa e apresentar princípios que chamem a atenção de jovens talentos.

Com paciência e foco, além da cultura transmitir os valores, crenças e normas da empresa, ela também será capaz de atrair bons profissionais e retê-los ao vivenciarem, de fato, a cultura presente no dia a dia da companhia.

Lembre-se que transformações positivas surgem de dentro para fora.

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Mari Taketa

Oi, eu sou a Mari! Sou do time de redatores web da Eureca desde março/2020. Meu foco é desenvolver conteúdos de valor sobre Recursos Humanos e o mundo corporativo, sempre buscando mais conhecimento para agregar relevância ao seu negócio!

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