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Acreditamos na educação como ferramenta que potencializa as juventudes. Quando as companhias trazem processos educativos para dentro da seleção, a marca empregadora é fortalecida e as decisões tendem a ser mais inclusivas.


O termo recrutamento e seleção é como o mercado conhece os programas que justamente recrutam e selecionam pessoas para dentro de uma empresa. No entanto, aqui em Eureca, nós preferimos chamar esse processo de educação e seleção. 

Esse nome vem de um princípio muito forte: acreditamos que a educação é a ferramenta principal de empoderamento das juventudes. Educar é incentivar um caminho de crescimento, em que jovens aprendam a liderar e empreender as transformações futuras que o mundo precisa. 

Como pensamos os processos de educação em Eureca?

Em todo o momento, desde a primeira experiência e contato que temos com as pessoas candidatas, estabelecemos uma relação de troca. Não estamos ali somente para conhecer e selecionar talentos, mas também proporcionar aprendizado e aprender com eles. 

Nossos processos não analisam somente a base da pirâmide da taxonomia dos objetivos educacionais, mas também oferecem insumos e desafios para que as pessoas consigam analisar, criar e colocar em prática seus sensos críticos. A ideia é desenvolver talentos e considerar as diferentes oportunidades socioeconômicas de cada candidato. Não apenas sinalizamos os pontos fortes de cada um e o que precisa ser desenvolvido, mas oferecemos insumos e viabilizamos caminhos. 

Para atingir mais equidade nas tomadas de decisão a partir de nossos processos, fazemos um trabalho de conscientização e sensibilização de todas as lideranças. Esse trajeto tem como intuito evitar decisões baseadas nos vieses inconscientes e humanizar processos, auxiliando gestores a se comunicarem da maneira correta.

Nossa proposta é realizada justamente para capacitar talentos, para que no futuro consigam encontrar soluções criativas para problemas desse mundo cada vez mais volátil. 

Quando vamos construir uma experiência, tanto online quanto presencial, nos baseamos em 3 principais pilares: 

#1 – pilar de desafio

Abordamos desafios em que a sociedade está imersa ou que a organização precisará enfrentar, e trazemos essa problemática para o momento presente. 

A ideia é fazer com que as pessoas candidatas, juntas, coloquem seu senso crítico e seus repertórios na mesa, para que consigam co-construir alguma solução inovadora para aquele desafio. 

Esse é sempre um momento que a gente se coloca como aprendiz, ouvindo e acompanhando toda a construção que aquelas pessoas vão trazer.  

#2 – pilar de inspiração

Esse é um momento destinado para que a empresa apresente sua cultura e inspire pessoas candidatas com todo o impacto que causa na sociedade. 

É importante ter um momento de inspiração, não só para que as pessoas queiram receber o conteúdo que temos para transmitir, mas para que, mesmo que algumas não sejam aprovadas no final do processo, todas tenham uma boa experiência. 

Quando uma companhia se preocupa com o desenvolvimento e bem-estar das pessoas, é mais fácil que queiram voltar a novos processos seletivos e saiam falando bem da empresa para outras pessoas. Portanto, esse é um momento importante para o fortalecimento da marca empregadora, a partir da inspiração que causamos nos talentos.

#3 – pilar de conexão

Esse pilar funciona para incentivarmos as pessoas participantes a se conectarem entre si, incentivando a comunicação e o contato através do LinkedIn e de outras possíveis plataformas digitais. 

É esse o pilar que também utilizamos para fortalecer a conexão das pessoas candidatas com a equipe da Eureca, com gestores do processo e com a marca de nossos clientes. 

Nesses momentos, é importante que todas as lideranças entendam como se comunicar e se colocar em uma posição de igualdade perante as juventudes. É essencial prestar atenção na linguagem utilizada e se a comunicação está sendo efetiva para a conexão.

Através da conexão, conseguimos nos colocar como professores, mas também conseguimos que as juventudes sintam que estamos ali também para aprender, estamos ali para ouvi-los de forma ativa e para termos uma grande troca. Façamos com que saibam que esse é um ambiente de abertura e de crescimento para todas as pessoas envolvidas. 

Por que uma companhia deve educar jovens em processos seletivos?

Sem dúvidas, a principal força de trabalho será brevemente dominada pelos millennials que, atualmente, compõem a maior parte das pessoas no mercado de trabalho. Selecionar e reter essas juventudes é um dos grandes desafios das empresas que pretendem desenvolver lideranças para o futuro. 

Quando uma companhia faz seu processo seletivo ser um processo de aprendizagem e crescimento, a marca empregadora é fortalecida, as pessoas saem conectadas com a empresa e felizes por todo o processo de desenvolvimento que passaram, ainda que não tenham sido selecionadas. Uma organização que demonstra preocupação com o desenvolvimento de pessoas, estabelece um posicionamento humanizado.

O artigo “Business must be there for young people”, publicado pela Business in the Community, aponta as barreiras que as juventudes encontram até entrarem no mercado de trabalho atual. Além das barreiras sociais e de saúde mental, o artigo aponta que os efeitos da COVID-19 deram ainda mais evidência à necessidade de as empresas pensarem em formas inovadoras de apoiar as juventudes a adentrarem ao ambiente corporativo. 

O jovem ativista, estrategista comunitário e membro do Conselho de Justiça Juvenil, Jacob Sakil, relata que a jornada entre explorar o mercado de trabalho e ser empregado é onde pessoas jovens precisam de mais apoio. Jacob evidencia a importância de as empresas adotarem uma abordagem mais sensata ao recrutar e engajar juventudes, e desafia empresários a responderem algumas perguntas:

  • Como sabemos o que as pessoas jovens pensam do nosso processo de seleção?
  • Estamos alcançando pessoas que podem ser os próximos intraempreendedores – um funcionário que inova dentro de sua organização – para levar a companhia para o próximo nível?
  • Como nos responsabilizamos por criar essa mudança?

Jacob acredita que a maneira mais fácil de as empresas responderem a essas perguntas é dar aos jovens um lugar à mesa, abrindo espaço para soluções colaborativas.

Como a educação pode tornar processos seletivos mais inclusivos?

O IBGE publicou um informativo constatando que a desocupação, subutilização da força de trabalho e a proporção de trabalhadores sem vínculos formais atingem fortemente a população preta ou parda, estritamente pela forma de inserção dessas pessoas no mercado de trabalho. O informativo aponta, ainda, que essas pessoas ocupam postos de menor remuneração, têm menos acesso à educação e piores condições de moradia. Essa taxa fica ainda mais preocupante quando se trata de mulheres pretas ou pardas. 

É importante que as lideranças das companhias entendam que simplesmente não há como ter uma competitividade justa quando as oportunidades e o acesso à educação são tão desiguais. Por esse motivo é tão importante trazer equidade para os processos seletivos. 

Diferente de tratar pessoas iguais, tratar as pessoas com equidade é considerar as diferentes circunstâncias que traçaram a história de cada indivíduo, levando em conta, também, a estrutura e história da sociedade. 

Nossos processos de educação e seleção fornecem subsídios para as pessoas se desenvolverem, considerando a jornada de cada um. Além disso, valorizamos algumas habilidades que são importantes para o mercado, mas que também podem ter sido desenvolvidas ao longo da vida, como capacidade criativa e habilidade de solucionar problemas. 

A educação transforma!

Além do desenvolvimento das juventudes, as companhias que optam por educá-las transformam, também, suas próprias culturas, pois valorizam pessoas efetivamente. Fortalecer a marca empregadora é ter maior facilidade em reter os melhores talentos das novas gerações, que cada vez mais buscam ver propósito e crescimento nos lugares onde trabalham.

Esse é o momento de alinhar as expectativas entre o que as empresas procuram e o que as juventudes aprendem nas instituições de educação brasileiras. Quer saber mais sobre esse alinhamento de habilidades? Assista o nosso webinar sobre o assunto e faça a sua reflexão.

Carolina Abreu

Redatora e ilustradora, graduada em Comunicação, faço parte do time de conteúdo da Eureca. Minha missão por aqui é escrever artigos que apontem soluções criativas e inclusivas para o ambiente corporativo, visando a construção de um futuro com maior nível de equidade e sustentabilidade.

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