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Os processos seletivos educativos são importantes para empresas que querem gerar impacto no mercado e garantir uma boa experiência para pessoas que de alguma forma se conectam à organização.


Muitas companhias ainda têm seus processos seletivos estruturados nos formatos tradicionais de recrutamento e seleção, onde o candidato realiza etapas que avaliam suas habilidades técnicas para ser ou não aceito na vaga. 

Na Eureca, acreditamos que métodos de educação e seleção podem ir muito além e trazer benefícios à companhia, pois permitem o desenvolvimento das juventudes durante todo o processo seletivo e geram mais valor para talentos do que somente recrutar e selecionar pessoas. Quando há uma experiência positiva e enriquecedora, a relação de candidatos com a marca é fortalecida, ainda que alguns não sigam para as próximas etapas. 

O que é educação e seleção?

Educar nos processos seletivos significa gerar engajamento e crescimento, trazendo a aprendizagem como um resultado importante da participação no processo. Em todas as etapas, as pessoas participantes realizam desafios que ensinam e, ainda que não sejam selecionadas para a vaga, saem do procedimento mais preparadas e direcionadas para os próximos e para o mercado em si. 

A forma que realizamos educação e seleção em Eureca é pautada na Teoria do Flow, desenvolvida pelo renomado psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, através da psicologia positiva. 

Segundo o psicólogo, o flow – ou em português, a fluidez – é um estado mental que acontece quando uma pessoa realiza uma atividade e sente absorvida em uma sensação de energia, prazer e foco total no que está sendo feito. Em essência, é uma imersão completa no que se faz. 

Mihaly Csikszentmihalyi afirma que as pessoas encontram prazer e satisfação em atividades que proporcionam o estado de fluidez. 

Os processos de educação e seleção de Eureca são também pautados no conceito de lifelong learning, ou, em português, aprendizado contínuo. Essa prática vem da ideia de constante aprimoramento e crescimento profissional e pessoal. 

No artigo “Flow: the psychology of optimal experience”, Mihaly Csikszentmihalyi também relaciona o conceito de flow com lifelong learning, e afirma:

“Muitas pessoas param de aprender depois de saírem da escola. Os longos anos de educação muitas vezes deixam para trás memórias desagradáveis. Sua atenção é manipulada por livros e professores, eles olham para formatura como o primeiro dia de liberdade. O objetivo do aprendizado é entender o que está acontecendo ao nosso redor e desenvolver um sentido pessoalmente significativo do que é a experiência de cada um, assim, o fim da educação formal deve ser o início de um tipo diferente de educação que é motivada intrinsecamente.”

Quando a cultura de uma organização incentiva o aprendizado contínuo, as pessoas se mantêm atualizadas e em constante evolução, o que permite bons resultados para empresa e também faz dos colaboradores, profissionais mais qualificados e preparados para o mercado.  

Por que educar enquanto seleciona?

Um dos benefícios claros para uma empresa que educa, em vez de somente recrutar, é o fortalecimento da marca empregadora. Afinal, companhias que se preocupam com o crescimento e desenvolvimento de todos os talentos, estão também revigorando a ideia de liderança e referência em sua área de atuação.

Quando uma empresa alcança o patamar de estabelecer processos de seleção baseados na aprendizagem fluida, há um alto engajamento na realização das tarefas por parte dos talentos, o que faz a atividade tornar-se gratificante e recompensadora por si só. Assim, o contato das pessoas com a marca se torna satisfatório. 

Esse termo, mais conhecido em inglês como employer branding, está associado à reputação das empresas e, quando trabalhado em diversos setores de uma organização, permite alcançar uma posição de credibilidade, tornando a marca desejável. É importante lembrar que a marca empregadora tem total impacto no o posicionamento da marca. 

A Forbes afirmou que o modo como as empresas se posicionam pode ditar seu sucesso na atração de talentos-chave nos próximos anos, bem como na retenção e engajamento dos mesmos. Assim, sustenta que as organizações precisam levar o employer branding a sério ou correm o risco de perderem os melhores talentos e a inovação que tanto desejam.

Como acompanhar e desenvolver pessoas em processos de seleção?

Para ajudar você a desenvolver estratégias de educação e desenvolvimento em processos seletivos, separamos alguns fatores que consideramos importantes dentro dos processos realizados pela Eureca:

#1 selecione uma boa plataforma de educação

O artigo “Making learning a part of everyday work”, publicado pela Harvard Business Review, aponta o aprendizado fluido como uma nova ideia. Para que realmente aconteça um processo de crescimento, as ferramentas de aprendizagem devem se enquadrar e adequar às novas rotinas das pessoas, e isso também vale para as ferramentas utilizadas em processos de seleção. 

O artigo aponta que em vez de pensar no aprendizado corporativo como um destino, as soluções mais inovadoras vão de encontro à realidade das pessoas, por meio de um bom design thinking e soluções tecnológicas. Pode-se argumentar que o Google e Youtube são duas das primeiras plataformas de “aprendizagem no fluxo”. 

Para processos seletivos, as empresas podem adequar suas realidades às soluções tecnológicas, com plataformas desenvolvidas para facilitar o processo de aprendizagem das pessoas candidatas, bem como a seleção dos recrutadores.

#2 equilibre a oportunidade de ação e capacidades 

Para entrar em estado de “flow”, o nível de desafios e as capacidades que uma pessoa possui para realizar atividades deve ser equilibrado. Portanto, identifique quais os níveis de conhecimento realmente necessários para direcionar as vagas às pessoas certas.

Quando as habilidades dos talentos são muito maiores que os desafios, dificilmente haverá aprendizagem fluida durante o processo, pois a tendência é entrar facilmente em um estado de tédio. Por outro lado, quando o nível de desafios exigido é muito maior que as habilidades dos candidatos, o processo pode gerar um alto nível de ansiedade e baixo desempenho.

#3 defina metas claras em cada etapa 

Para que talentos possam, de fato, se engajar nas atividades do processo seletivo, é ideal que haja um entendimento claro de quais são as tarefas que deverão ser desempenhadas. É importante lembrar, ainda, que é necessário evidenciar não apenas quais são as metas, mas qual trajeto será percorrido.

Definir metas e evidenciar o trajeto gera sentido para cada etapa e para o processo da mente. Mihaly Csikszentmihalyi relaciona a criação de significado com o aprendizado fluido:

“Criar significado envolve colocar ordem no conteúdo da mente, integrando as ações de uma pessoa em uma experiência de fluxo unificado. Não é suficiente encontrar um propósito. Deve-se também propor e realizar desafios. Quando uma meta importante é perseguida com comprometimento e foco, as atividades variadas se encaixam em uma experiência de fluxo unificado, e o resultado é a harmonia que é trazida à consciência. Propósito, resolução e harmonia geram sentido e transformam processos em uma experiência de fluxo contínuo.”

#4 realize feedbacks adequados

O feedback é uma ferramenta de apoio que pode contribuir demasiadamente para o aprendizado. Ele tem a função de orientar talentos quanto ao desempenho das atividades, trazendo uma percepção clara sobre quais são os pontos positivos e o que deve ser aprimorado pelos candidatos.

Consideramos, inclusive, que o feedback é uma das ferramentas principais no processo de educação. Por isso, deve ser estabelecido de forma adequada e estritamente profissional, gerando um impacto positivo e enriquecedor à experiência das juventudes no processo de seleção.

Construa uma marca de impacto

Lideranças de negócios que se preocupam em ensinar talentos têm uma alavanca poderosa em suas mãos. Nós acreditamos que com as estratégias bem alinhadas, todas as organizações podem se beneficiar dessa ferramenta e tornar a experiência dos colaboradores satisfatória desde o processo de educação e seleção. 

A reputação de uma organização está muito mais relacionada às ações do que somente ao discurso. Assim, uma empresa que deseja alcançar o patamar de referência deve refletir sobre como suas ações refletem e geram impacto na sociedade, em todos os seus processos. 

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Carolina Abreu

Redatora e ilustradora, graduada em Comunicação, faço parte do time de conteúdo da Eureca. Minha missão por aqui é escrever artigos que apontem soluções criativas e inclusivas para o ambiente corporativo, visando a construção de um futuro com maior nível de equidade e sustentabilidade.

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