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Com a revolução digital é cada vez mais necessário manter o ritmo de aprendizagem para que as empresas e os profissionais não fiquem para trás no mercado de trabalho. Acreditamos que os jovens fazem parte de uma geração que já se acostumou com esse movimento, mas precisam de um empurrãozinho a mais das empresas na motivação para o desenvolvimento contínuo de habilidades.


A transformação digital impactou todas as áreas das empresas, ainda que em escalas diferentes. 

O efeito da tecnologia para o setor de recursos humanos, para além da transformação do RH 4.0, mostrou que é essencial implementar planos de desenvolvimento de competências que acompanhem as mudanças do cenário global, em que as demandas por habilidades evoluem rapidamente de forma constante.

Mais uma vez o RH tem a possibilidade de elevar os níveis da empresa e colaboradores, tornando-os mais competitivos e preparados para o futuro exponencial ao implementar conceitos como o reskilling e upskilling, focados na capacitação e qualificação dos seus funcionários. 

Como colocar em prática as ações de desenvolvimento dentro do seu quadro de colaboradores e garantir mais eficiência no preenchimento das necessidades da sua empresa? É sobre isso que vamos falar abaixo. 

O que é reskilling? 

Em 2019, a PwC realizou uma pesquisa com mais 1200 líderes de negócio e RH sobre a importância das competências organizacionais para o futuro das empresas, e entre as 10 principais, com 76% de escolha entre os participantes, estava o reskilling.  

Traduzido como “requalificação”, poderia ser resumido como a busca do próprio profissional em aprender novas habilidades para o trabalho, ou ainda, os treinamentos implementados pela empresa para que o colaborador desenvolva novas competências e seja realocado em um novo posto na organização.

Segundo o estudo “The Future of Jobs Report 2020”, da World Economic Forum, nos próximos 5 anos: 

  • 50% de todos os funcionários precisarão de requalificação; 
  • 40% das competências essenciais dos trabalhadores atuais devem mudar; 
  • cerca de 40% dos trabalhadores precisarão de requalificação de seis meses ou menos; 
  • 94% dos líderes de negócios relatam que esperam que os funcionários adquiram novas habilidades no trabalho. 

Quando falamos na perspectiva do empregador, ações como essa são interessantes para todos os envolvidos, já que o profissional tem a oportunidade de desenvolver outras aptidões e mudar suas tarefas, cargo e até a área de atuação. É relevante da mesma forma para o empregador que consegue aproveitar um colaborador que já possui adesão com a empresa, preenchendo as necessidades atuais com opções do seu próprio quadro de colaboradores. 

De forma geral, o que temos neste cenário são trabalhadores mais versáteis, que conseguem ampliar suas competências e adquirir novas habilidades exigidas pelo mercado e necessárias para a sua organização.

O que é upskilling? 

Para contribuir com o desenvolvimento do colaborador, o conceito de upskilling seria definido como ensinar novas competências para otimizar seu desempenho. 

Quando visualizamos, por exemplo, o estudo realizado pela McKinsey & Company, que revelou que quase nove em dez executivos e gerentes dizem que suas organizações já enfrentam lacunas de habilidades ou esperam que elas se desenvolvam nos próximos cinco anos, a necessidade de incentivar o aprendizado entre os colaboradores se torna ainda mais evidente. 

Um dos principais benefícios da implantação do upskilling na organização é ter trabalhadores mais especializados. 

Quando pensamos em progressão de carreira, seja como pleno, sênior ou outros níveis, se considerarmos ainda os cargos para liderança e gestão, teremos profissionais mais capacitados e preparados para as demandas, trazendo ainda mais qualidade nas entregas, visão analítica e produtividade dentro de suas atribuições. 

Neste caso a via de mão dupla é caracterizada pela visibilidade do profissional, que adquire maior habilidade para o cumprimento das funções e para a empresa, que passa a possuir um profissional mais competente, aumentando a confiabilidade e o potencial competitivo da organização. 

Por que é essencial aplicar esses conceitos nas empresas? 

Ter profissionais mais preparados de acordo com as necessidades da organização é um excelente motivo para começar a aplicar desde já reskilling e upskilling na sua empresa. 

 Já comentamos em outro blog post sobre skill gap, nome dado para a lacuna de habilidades e competências que atualmente não consegue ser suprida. Isso acontece porque grande parte das necessidades, como mencionamos anteriormente, estão diretamente relacionadas às mudanças em questões de tecnologia, mudanças essas que acabam não sendo amparadas pelos modelos de educação tradicional. 

O estudo “Além da contratação: como as empresas estão se recuperando para lidar com as lacunas de talentos” mostrou dados como: 

  • quase todos os entrevistados classificam o preenchimento dos skill gaps como uma prioridade para suas organizações; 
  • 1 em cada 3 entrevistados diz que o preenchimento está entre as 3 principais prioridades.

Contudo, apesar desse cenário e importância, poucas empresas adotam medidas para que essa questão seja resolvida: 

  • 33% afirmam que suas organizações estão preparadas para lidar com possíveis interrupções de função; 
  • apenas 28% afirmam que suas organizações tomam decisões eficazes sobre como preencher lacunas de habilidades; 
  • apenas 41% relataram que as organizações têm uma compreensão clara das funções que provavelmente terão lacunas. 

Além de profissionais mais bem preparados, desenvolver e aplicar esses conceitos dentro da sua organização aumentará o diferencial competitivo e trará inúmeros benefícios para seus colaboradores e empresa. 

Como aplicar esses conceitos no desenvolvimento de jovens talentos?

Consideramos como um primeiro passo para aplicar esses conceitos nas organizações a compreensão das necessidades do negócio. 

Quando realizamos um estudo para saber as habilidades que precisam ser preenchidas, entendendo os postos de trabalho envolvidos, suas respectivas áreas e a visão da empresa em relação às necessidades futuras, conseguimos direcionar nossos esforços de maneira mais eficiente, seja para as transições de carreira dentro da empresa, novas contratações ou desenvolvimento dos colaboradores. 

E como os dois conceitos podem ser implementados com aqueles que já estão nos quadros da empresa, em um segundo momento, realizar a avaliação das habilidades dos seus funcionários é uma excelente escolha para identificar em quais momentos será necessário o upskilling e o reskilling.

A partir desse mapeamento será possível elaborar os treinamentos, desenvolver planos de ação, contratar ferramentas e estruturar a metodologia necessária para criar diferentes sistemas de formação dentro dos perfis da sua organização. 

Lembrando que assegurar a avaliação contínua, entender os níveis de progresso, entender como seus colaboradores se relacionam com os planos e alinhar as expectativas entre empregadores e funcionários são ações que auxiliarão para que a aprendizagem seja mais eficaz. 

Quais são os benefícios?

Retenção

O desenvolvimento está entre as principais motivações e desejos dos colaboradores. Investir no desenvolvimento faz com que os funcionários tenham a possibilidade de se aprimorar continuamente dentro do cargo e desenvolver sua carreira o que estimula diretamente o desejo de permanecer na empresa.

Marca empregadora

Fazer da aprendizagem uma constante dentro da sua organização torna o profissional mais apto para realizar suas tarefas e traz uma vantagem competitiva frente ao mercado, proporcionando maior qualidade nas entregas, reduzindo as falhas e fortalecendo a imagem da sua organização como interessada em manter-se atualizada e investindo em seu pessoal. 

Processos seletivos mais eficientes

Sabemos que encontrar profissionais que se conectem com a cultura e visão da empresa não é uma tarefa fácil e, por razões como essa, desenvolver internamente seus colaboradores permite, além da valorização do profissional, a redução de processos seletivos para preenchimento de vagas que poderiam ser ocupadas por pessoas que já estão no seu quadro de funcionários, o que permite que o RH seja mais estratégico na contratação de outros perfis necessários.

Conclusão

O futuro do trabalho exigirá das organizações uma atuação proativa para resolver os gaps de desenvolvimento existentes. Para além do desenvolvimento das habilidades em si, é preciso proporcionar um ambiente de aprendizagem e progressão das competências que acompanham as novidades do mercado de trabalho. 

Essas mudanças exigirão do profissional de RH a adaptabilidade para conduzir os processos e criar ações que impulsionam a organização rumo ao sucesso. 

E aí? Gostou deste conteúdo? Caso queira aprender ainda mais sobre o tema, faça download e leia nosso material sobre como desenvolver jovens talentos.

Sara Furtado

Como boa mineira é apaixonada por pão de queijo, café e uma prosa! Advogada, Customer Success ou redatora, tem sempre como objetivo ajudar pessoas a alcançarem seus objetivos e compartilhar o conhecimento adquirido até aqui!

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