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O que preciso saber para contribuir com a pauta antirracista?

O mês de novembro chegou e, com ele, uma data muito importante: a consciência negra. Para ampliar a discusão sobre esse tema, criamos um abcedário antirracista, com termos e reflexões que ajudam a promover iniciativas de inclusão racial no mundo profissional e no dia-a-dia. Te convidamos a vir com a gente nessa desconstrução. 
O Dia da consciência negra, 20 de novembro, celebra a vida de Zumbi dos Palmares, líder e símbolo da luta anti escravista no Brasil. Esse marco só foi possível graças ao trabalho dos membros do Movimento Negro Unificado contra a Dscriminação Racial, onde, a partir de 1978, essa data passaria a ser o centro da luta e desefa dos direitos da população negra do Brasil. 
Assim, somando esforços ao movimento antirracista, separamos 6 termos que podem nos tornar mais consciênces sobre a pauta racial:

1. Negro, preto ou pardo?

Em entrevista ao portal Géledes, o pesquisador de diversidade racial do IBGE, José Petruccelli, defende que ser negro está relacionado com o âmbito político e identitário de um povo e ultrapassa a cor da pele. Enquanto os termos preto e pardo são classificações importantes quando falamos de acesso a oportunidades e políticas públicas.
Isso quer dizer que pessoas pretas acessam ainda menos privilégios que pessoas menos retintas, ditas pardas.  Assim, conseguimos determinar o quanto a cor da pele interfere na qualidade de vida das pessoas negras, mas entendendo que ambas as classificações participam do mesmo grupo político e identitário “negro”.

2.Privilégio

Por privilégios, entende-se o acesso à educação de qualidade, alimentação, espaços públicos, moradia, família, cultura, vestimenta, saúde, liberdade, segurança e outras coisinhas que nos fazem feliz. Assim, segundo pesquisas do IBGE, mesmo que mais da metade da população no Brasil seja negra, isso não é refletido nos espaços de poder. Significa que temos poucos médicos negros, líderes de empresas negros, senadores, ministros, presidentes, professores, escritores, reitores e por aí vai. 
Assim, historicamente, lugares e profissões pouco remuneradas sempre foram reservados a população negra , refletindo na sua escassa qualidade de vida e marginalização.

3. Cotas raciais são justas?

Dado esse cenário, foi preciso ir em busca de políticas públicas que ajudassem a população negra a ingressar na universidade, nos concursos públicos e nos espaços de decisão e privilégio que antes só eram ocupados por pessoas brancas e dificilmente por pessoas negras, já que elas não tinham acesso aos privilégios citados no tópico anterior. 
Por isso, as cotas raciais existem: reparar uma exclusão histórica de pessoas negras no que diz respeito ao acesso a oportunidades sociais que lhe garantam uma melhor qualidade de vida.

4. Discriminação positiva

Essa ação deriva das cotas raciais, e da nossa Constituição Federal, e pode ser usada quando instituições sociais resolvem promover editais, cursos, vagas de emprego e outras coisas exclusivamente para pessoas negras, mulheres, PCD’s, comunidade LGBTQIA+ ou grupo de pessoas que tendem a ser mais ausentes nos espaços de oportunidade na sociedade.
Com ela, conseguimos ampliar a qualidade de vida de diferentes pessoas e garantimos que nossas instituições sejam diversas e equitativas.

5. Lugar de fala

Esse conceito veio forte com a teórica brasileira Djamila Ribeiro e se refere ao quanto a cor da pele, o gênero e a classe social influencia a invisibilização de certos corpos e vozes na nossa sociedade. Em resumo, quanto mais interseccional ou recortada for sua natureza, mais chances de ser invisibilizada possui.
Assim, mulheres cis ou transexuais, pretas, pobres, lésbicas e de regiões distantes do centro urbando, tendem a sofrer ainda mais o peso da desigualdade social. Por isso é importante buscarmos a discriminação positiva e dar espaços para essas vozes e corpos poderem existir dignamente na sociedade.

6. Vieses inconscientes

O fato de recorrentemente vermos menos pessoas negras em espaços de privilégios se dá pela persistência e reprodução de preconceitos enraizados no nosso inconsciente. E, nesse caso, a maioria dos vieses que fazem pessoas negras não serem aprovadas em vagas de emprego ou fazerem sucesso na música, ou serem nomeadas nos ministérios do governo federal são razões racistas. 
É que, para nossa sociedade, não é natural/comum que pessoa pretas ocupem lugares assim. E deixo essa reflexão pra você: onde você costuma ver pessoas negras no seu dia-a-dia?

Por fim, é válido reforçar que as iniciativas pró inclusão racial devem fazer parte das estratégias educacionais, econômicas e culturais das instituições sociais o ano inteiro. Só assim será possível vislumbrar um futuro, onde o que importa é a vontade de ser a melhor versão de si mesmo e não a cor da pele. 
Posso contar com você nesse movimento?
A Comunidade Online da Eureca está de portas abertas e disposta a dialogar com a juventude sobre esse e vários outros temas. 

Esse artigo foi produzido por Laura Morais – Diversity Community Manager, gerindo a comunidade online com foco no grupo Afrolíderes da Eureca.Sugestões de conteúdos similares:
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Mafê

Jornalista mineirinha, mais conhecida como Mafê do time Eureca, é responsável por tudo de conteúdo que você, jovem, vê nos canais Eureca, além de acalentar o seu coração com a nossa newsletter, a The Talk.

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